Uma das imagens mais icônicas da arte moderna – no caso específico, do movimento surrealista – é a obra A traição das imagens do belga René Magritte. Nela, o artista contrapõe a imagem de um cachimbo seguida pela frase “Isto não é um cachimbo”, criando uma espécie de dissonância cognitiva causada pelas duas informações conflitantes. … Continue lendo Isto não é um paciente
Autor: André Islabão
Reloaded: o renascimento da TRH
Quem observa a medicina com alguma atenção, já deve ter percebido que ela muitas vezes parece funcionar de maneira cíclica. Assim, coisas outrora vistas como excelentes para a saúde passam a ser proscritas devido a supostos riscos, enquanto outras tidas anteriormente como nocivas passam a ser promovidas como verdadeiras panaceias. É assim que acontece, por … Continue lendo Reloaded: o renascimento da TRH
O elogio da dúvida
Já dizia o cantautor uruguaio Jorge Drexler que “el mundo está como está por causa de las certezas”. E não é difícil perceber a verdade nessa bela canção. Pelo mundo afora, o apego a “duvidosas certezas” é a causa de inúmeros males. Seja no caso das muitas guerras atuais e de outros tantos desvarios de … Continue lendo O elogio da dúvida
Rastrear ou não rastrear… eis a questão
Uma das frases mais conhecidas da cultura ocidental é aquela que introduz o famoso monólogo de Hamlet: Ser ou não ser? É nesse momento da história que o príncipe se debate com aquelas questões existenciais que envolvem a possibilidade de vingança no seio da família e o próprio significado da vida e da morte. Seria … Continue lendo Rastrear ou não rastrear… eis a questão
Ensaio sobre a miopia
O velho Saramago já nos alertava de que deveríamos ser mais cuidadosos com nossa capacidade de enxergar as coisas adequadamente. Seu famoso “se podes olhar, vê; se podes ver, repara” nos fala da importância de repararmos naquelas coisas que podem passar despercebidas a um olhar desatento ou menos aguçado. Já para quem apresente algum problema … Continue lendo Ensaio sobre a miopia
A natureza das bolhas
Embora as bolhas se assemelhem externamente a outras estruturas esféricas, o que as caracteriza é seu aspecto translúcido e, em especial, sua fragilidade estrutural. A primeira característica permite a visualização de seu conteúdo, o qual costuma ser um tanto desimportante. Já a fragilidade é, por si mesma, autoexplicativa: as bolhas, uma vez insufladas, têm uma … Continue lendo A natureza das bolhas
Escolham seus vieses!
Os vieses estão em toda parte. Todos temos as nossas tendências e preferências pessoais, o que nos leva a fazer determinadas escolhas em detrimento de outras. A simples ideia de que possamos agir de maneira totalmente imparcial nas mais diversas situações da vida já pode soar estranho para muita gente. O que talvez nos custe … Continue lendo Escolham seus vieses!
A medicina deslumbrada
Não é novidade para ninguém que o chamado “instagram médico” esteja entre as coisas mais abjetas criadas pela medicina atual. No entanto, está claro que nada é tão ruim que não possa piorar. E, para que isso ocorra, muitas vezes basta que exista uma oportunidade para fazê-lo. E isso a medicina – ou, pelo menos, … Continue lendo A medicina deslumbrada
Os paradoxos da medicina
Os paradoxos são aqueles raciocínios que parecem dar um nó em nossas ideias gerais sobre o mundo. Eles também costumam desafiar as linhas de pensamento habituais do ser humano. Assim, os paradoxos nos causam um certo desconforto. Mas eles podem ser ferramentas muito úteis para exercitar nosso raciocínio e questionar nossas crenças mais arraigadas. O … Continue lendo Os paradoxos da medicina
A medicina ridicularizada – uma tragédia em cinco atos
Prólogo Temos sido ingênuos, para dizer o mínimo, ao confiarmos de maneira tão simplória na neutralidade do uso das máquinas e na benevolência daqueles que insistem em nos empurrar as mais variadas tecnologias médicas modernas, em especial aquelas que afastam fisicamente médicos e pacientes e que utilizam a “inteligência” artificial (IA) para esvaziar de sentido … Continue lendo A medicina ridicularizada – uma tragédia em cinco atos