Há que se ter muita coragem para encarar o tema da morte. E isso é verdadeiro tanto para a vida real como para a literatura e as outras artes. Ainda assim, há homens corajosos que a enfrentam, como os poetas, os artistas e os filósofos. Manuel Bandeira era um desses valentes. Além disso, ele era … Continue lendo Cada coisa em seu lugar
Categoria: Arte e cura
Quando descarrilha o trem da vida
O poeta Charles Bukowski passou uma parte de seus últimos meses de vida em hospitais, tratando de um tipo de leucemia. Porém, ele não era um moribundo qualquer, já que conseguia traduzir em palavras toda a angústia que costuma fazer parte dessa experiência. E fez poesia intensa com todas essas palavras. Aqui[1] Bukowski fala da … Continue lendo Quando descarrilha o trem da vida
Mais tranquilo que o sono
Na época em que Emily Dickinson criava sua delicada poesia, a morte era bem diferente do que vemos hoje. As mortes e os rituais que a acompanhavam, antes e depois do evento, costumavam acontecer na própria casa das pessoas. Era como se a casa se impregnasse de morte. E isso fazia com que todos por … Continue lendo Mais tranquilo que o sono
Quando a morte é um prazer
Definitivamente, Clarice Lispector não era uma pessoa comum. E aquela loucura controlada que permeia sua obra parece mais do que nunca querer aflorar em sua Água viva. É nesta obra de difícil classificação – um misto de ensaio e poesia – que ela aborda de maneira bastante singular temas como Deus, o tempo, a consciência … Continue lendo Quando a morte é um prazer
O silêncio de Bukowski… e o nosso
Charles Bukowski vivia e escrevia intensamente, e este é um de seus grandes méritos. Sua poesia estava à flor da pele e sua vida de excessos era fielmente retratada em seus versos. Durante seus últimos anos de vida, fisicamente debilitado por uma leucemia, escreveu alguns versos especialmente belos sobre o tempo passado no hospital e … Continue lendo O silêncio de Bukowski… e o nosso
Quando o pranto está pronto
Poesia de Arnaldo Antunes Esta poesia é, na verdade, um trecho de uma poesia maior, e nele Arnaldo Antunes fala de algo muito humano: o pranto. Todo ser humano tem necessidade de chorar. O poeta sabe disso e também sabe colocar em palavras aquilo que nós, comuns, não conseguimos. Como médicos, lidamos diariamente com situações … Continue lendo Quando o pranto está pronto
De pneumotórax e desenganos
Febre, hemoptise, dispneia e suores noturnos.A vida inteira que podia ter sido e que não foi.Tosse, tosse, tosse. Mandou chamar o médico: — Diga trinta e três.— Trinta e três… trinta e três… trinta e três…— Respire. ………………………………………………………………………. — O senhor tem uma escavação no pulmão esquerdo e o pulmão direito infiltrado.— Então, doutor, não … Continue lendo De pneumotórax e desenganos
O mundo é um palco
All the world’s a stage,And all the men and women merely players;They have their exits and their entrances,And one man in his time plays many parts,His acts being seven ages. At first, the infant,Mewling and puking in the nurse’s arms.Then the whining schoolboy, with his satchelAnd shining morning face, creeping like snailUnwillingly to school. And … Continue lendo O mundo é um palco